sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Music for a Found Harmonium

Falar de música é acima de tudo falar de ti e do modo como concentras em ti o que sobejamente há de melhor nela.
Como o teu sorriso lembra a mais alegre das canções ou como o teu simples andar pela mais modesta rua é tão mais que isso trazendo à memória toda a elegância e glamour do soul do qual és a sua inegável diva.

A forma singela como um mero respirar teu não sai do compasso estabelecido pelo teu coração, maestro e compositor de toda a música que és e há em ti. A pureza e leveza do teu ser à qual balada alguma se poderá equiparar de tão indefinível que é; pois toda tu és arte e graciosidade que marca qualquer um afortunado o suficiente para sentir em si nem que seja uma pequena porção da imensa Ode que de ti exalta.

Como não suspirar pela honra de desfrutar de tudo isso: desde a tua alegria ao teu desespero que transforma o mais agradável dos luares no mais escuro dos calabouços da noite onde apenas penetra o vil e depressivo Jazz e dar a experimentar toda uma sensação de impotência para com o sofrimento da frágil e delicada alma que no fundo de ti existe, por trás de toda essa rebeldia que música alguma um dia chegará para descrever.

A tua essência requer, tal e qual a mais sensível das árias, o maior carinho dos músicos para com a mais sublime das melodias, escrita pelas tuas mãos que são a caneta de pena em tons de vermelho marca para sempre essa infinita e bela pauta musical que é a vida; a sua e mais concretamente a dos pobres de alma que ambicionam um dia simplesmente senti-la ecoando nos seus afortunados ouvidos vinda quer da tua voz, suave como a ancestral mas não menos romântica e harmoniosa Harpa, do leve assobiar da primeira brisa matinal ou do último raiar do crepúsculo; tendo sempre por musa essa unicidade que és tu.

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