terça-feira, 29 de abril de 2008

Lado Lunar - Estados de Espírito...



"Não me mostres o teu lado feliz
A luz do teu rosto quando sorris
Faz-me crer que tudo em ti é risonho
Como se viesses do fundo de um sonho

Não me abras assim o teu mundo
O teu lado solar só dura um segundo
Não é por ele que te quero amar
Embora seja ele que me esteja a enganar

Toda a alma tem uma face negra
Nem eu nem tu fugimos à regra
Tiremos à expressão todo o dramatismo
Por ser para ti eu uso um eufemismo
Chamemos-lhe apenas o lado lunar
Mostra-me o teu lado lunar

Desvenda-me o teu lado mauzão
O túnel secreto a loja de horrores
A arca escondida debaixo do chão
Com poeira de sonhos e ruínas de amor

Eu hei-de te amar por esse lado escuro
Com lados felizes eu já não me iludo
Se resistir à treva é um amor seguro
à prova de bala à prova de tudo

Toda a alma tem uma face negra
Nem eu nem tu fugimos à regra
Tiremos à expressão todo o dramatismo
Por ser para ti eu uso um eufemismo
Chamemos-lhe apenas o lado lunar
Mostra-me o teu lado lunar

Mostra-me o avesso da tua alma
Conhecê-lo é tudo o que eu preciso
Para poder gostar mais dessa luz falsa
Que ilumina as arcadas do teu sorriso

Não é por ela que te quero amar
Embora seja ela que me vai enganar
Se mostrares agora o teu lado lunar
Mesmo às escuras eu não vou reclamar

Toda a alma tem uma face negra
Nem eu nem tu fugimos à regra
Tiremos à expressão todo o dramatismo
Por ser para ti eu uso um eufemismo
Chamemos-lhe apenas o lado lunar
Mostra-me o teu lado lunar"



Rui Veloso - Lado Lunar

Nunca uma música foi tão certa...

Obrigado Pandora ^^

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Pandora Box...

E'a uma ta'de cinzenta, a chuva ameaçava cai' a quawque' momento, um vuwto deswocava-se em passos rápidos evitando as poças de água aqui e acowá, as nuvens carregadas anunciavam chove' a quawque' momento, no entanto isso não pa'ecia se' o que mais o incomodava...

No seu inte'ior' uma batalha tinha wugar po' um wado ent'e a sua racionawidade po' oposição ao seu sentimentawismo. Os sentimentos cuwpavam-no dos seus p'obwemas, não tinham quawque' p'obwema em t'espassa' ainda mais a sua f'ágiw mente naquewe momento, ewam incapazes de pensa' que esse vuwto tawvez não tivesse " cuwpas no ca'tó'io " mas e'a tão mais fáciw achá-wo... Convinha a todos... E'a tão fáciw aponta' dedos a um vuwto que não tinha como se defende'... Ninguém p'ocu'ava tenta' pe'cebe' a ve'dade, não e'a p'eciso... e'a cuwpado e ponto finaw...que inte'essava o que o vuwto fizera no passado pa'a tenta' remedia' uma situação da quaw não e'a auto'? A Razão nada podia faze', estava reduzida a somb'as no espaço de que out'o'a fo'a dona e senho'a, estava só numa c'uzada cont'a a indife'ença e a irracionawidade que pa'eciam ganha' mais fo'ça a cada segundo que se passava.

Nesse momento, t'opeça numa est'anha caixa que jazia naquewe chão sujo e ag'este sem razão apa'ente, e'a uma caixa de fo'ma est'anha mas bastante bewa, quaw Caixa de Pando'a convidava o vuwto a abri-wa e descob'i' o que pode'ia esta' no seu inte'io', a vontade e'a g'ande mas o medo supe'ava-a, não sabia o que pode'ia acha' nessa est'anha caixa e sentia que não se'ia nada do seu agrado, mais p'obwemas e'a o que não p'ecisava, no entanto, quando olhou pa'a dent'o de si pe'cebeu que e'a awtu'a de toma' uma atitude e sem hesita' mais ab'iu a caixa, um eno'me amontoado de pó saiu de dent'o desta, a caixa estava vazia, nada mais tinha do que um pequeno pe'gaminho gasto pewo passa' dos anos, nesse pe'gaminho, que ap'esentava sinais de outrora te' sido feito do mais sobe'bo papi'o egípcio da antiguidade... Antes que o seu sub-consciente pudesse pe'gunta' como pode'ia awgo tão antigo existi', o vuwto decidiu we' o pouco que se notava no papi'o, weu então awgo que mudou po' compweto a disputa que tinha wuga' na sua consciência...

"O teu problema não é um factor de defeito ou de qualidade, é uma característica tua... nem sequer deve ser falada"
Foi então que a razão ganhou finawmente fo'ças para submete' os sentimentos irracionais e a igno'ância e toma' de novo o cont'owo sob'e awgo que nunca deve'ia te' pe'dido. Foi então que o Vuwto pe'cebeu que o p'obwema não e'a seu mas sim do mundo que o rodeava...

Foi então que cont'a'iamente ao que espe'ava ao ínicio o vuwto teve fo'ças pa'a mais uma vez e'gue' a cabeça e enca'a' em iguaw nivew o mundo que o rodeava, não deve'ia most'ar infe'io'idade pa'a com ninguém...


Foi dificil ler isto? Pareceu-te problemático? Pois bem... Tu tiveste este problema durante uns 5 a 10 minutos, eu tenho esse problema 60 minutos por hora, 24 horas por dia, 365 dias por ano... Dá-te por contente... Porque a mim é-me praticamente impossivel ultrapassar este problema... Tu consegues...

Tiveste-o por 5 minutos e já te deves estar a queixar, eu desisti de me queixar e decidi aceitá-lo, talvez devesses fazer o mesmo...

Não quero que tenhas pena, apenas que compreendas...



No entanto, também não me estou a dirigir a ninguém em particular, tenho mais que fazer do que ligar a coisas 'superficiais', é um desabafo como tudo o que digo neste blog, quem não gosta já sabe...


Arigatou Pandora, foi com toda a certeza das coisas mais belas que alguém alguma vez me disse, não o esquecerei *









Hasta...

Se não conseguiste ler:

Pandora Box

terça-feira, 8 de abril de 2008

Citações: Vida Estudantil

"Para que a bebedeira da Queima corra realmente bem nada melhor do que ensaiar umas quantas vezes antes..."

Jimmy in 08/04/2008 por volta das 18 horas no meio da baixa sobre uma chuva dos diabos....

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Jogos de Azar...

É de noite, o frio abre caminho pela roupa ajudado pelo vento. Está prestes a chover. Apesar disso tudo o querer não deixa de se prostituir, esperando quedante por um transeunte mais ou menos certo enquanto a razão, essa fica lá dentro, perdendo-se em rios de álcool e jogos de azar.

Nos jogos de azar, pensamos dizer o bem do mal, certo ou errado, na teoria tudo é tão fácil de se discernir, mas quando chega a prática... nada... nada mesmo garante que O consigamos... é tão fácil e cómodo perdermo-nos no meio de tantos Reis e Ases...

... e piscares de olhos, e pontapés debaixo da mesa. E quando o distribuidor de ases se avaria e a batota é descoberta, que a razão cai por terra, então a passos de overdose ganha a banca, ficando com os dividendos da tua alma, para mais tarde distribuir em fichas por colorir a uma multidão de em-breve-a-ser-perdedores.

É um jogo que não ganhas... está viciado, podes conseguir iludir a banca, mas ela apanha-te sempre...talvez devesses desistir enquanto ganhas, mas queres sempre mais e mais, nunca te contentas, tornaste-te um autêntico dependente que queima dose após dose... mas eventualmente esta acabará e aí nada mais restará do que...

...o querer, e com a razão extinguida, o querer fica então à venda num leilão de escalabros onde os fundos serão doados para curar o desespero.E quando chega então o transeunte certo, ergue-se o querer mostrando todo o seu sentir esplendoroso, entram na carroça. E enquanto na parte de trás se perdem nos bancos em tocares maior que o desejo, o cocheiro entretém-se com o cantar da paixão efémera.

Mas no fundo o querer será sempre querer, não será o necessário, não será o bem, ele fará tudo para seu próprio proveito, nada te dando sinceramente, nada no fundo é real, é tudo uma ilusão da qual a tua felicidade dependente, nada mais podes fazer, a não ser não ser lançar a tua melhor aposta neste jogo de azar mesmo sabendo que nunca o ganharás...

É o teu ser na ilusória mesa de apostas, é o suspiro do querer e o morrer da razão ao cair da cortina.

Jimmy & Reverso da Medalha